Aê, mulherada! Hoje é dia de relato sincerão e o assunto da vez é o DIU mirena. Pra quem não sabe, o Mirena é um método contraceptivo em forma de dispositivo intrauterino, ou seja, aplicado dentro do útero. O diferencial dele em relação aos demais (DIU de cobre e DIU de prata) é que ele é hormonal, o que promete umas coisinhas a mais. Semana passada, expliquei aqui tudo sobre ele. Então, pra saber mais sobre como esse tipo de DIU funciona, é só clicar aqui. Agora, vamos ao relato! Do começo: por que optei pelo DIU mirena?Menstruação nunca foi um negócio fácil pra mim, sabe? Desde novinha, sempre tive MUITAS cólicas, indisposições e sangramento intenso. Aí, quando eu tinha uns 15-16 anos, queixei disso tudo pra minha ginecologista e, juntas, chegamos a uma solução mega promissora: a pílula anticoncepcional. De acordo com a médica, ela me faria (além de não engravidar, claro):
Pois bem: dito e feito né, mores? Minhas espinhas diminuíram MUITO, fiquei anos sem saber o que era uma pele oleosa e minha menstruação permaneceu belíssima (TPM e fluxo menstrual reduzidos, cólicas menos intensas e pouquíssimo desconforto). 10 anos depois, as coisas não estavam tão maravilhosas assimSinceramente, eu não sei a partir de QUAL ANO a pílula deixou de ser tão “maravilhosa” assim. É tudo muito confuso porque, durante esses últimos anos, passei por períodos bem complicadinhos. Tive duas depressões, umas crises de ansiedade aqui e acolá, perdi meus avós, Bolsonaro ganhou as eleições (brincadeirinhas à parte, kkkkkk) etc. Então, é aquele esquema: até que ponto era a pílula perdendo seus poderes, ou meu psicológico todo dançado? Não dava pra saber. Depois que eu finalmente consegui recuperar um pouco da minha serenidade mental e parar um pouco para identificar algumas coisas que pareciam erradas em mim, percebi que a pílula poderia estar “perdendo seus efeitos milagrosos”, por assim dizer. A pele continuava perfeita, o cabelo também. As TPMs, no entanto, passaram a se manifestar de outra forma, me fazendo passar bastante mal. As cólicas voltaram, as dores de cabeça também, a indisposição idem e por aí vai. Além disso, uma coisa que eu nunca tinha atinado aconteceu: minha libido tinha caído, e MUITO. Eu sempre fui fogosa, dona do meu corpo, amava filminhos pornôs etc. Só que aí, de uns anos para cá, tudo isso tinha diminuído horrores. Aí, voltei à ginecologistaNo começo, optamos por mudar o “tipo” de pílula que eu tomava. Antes, ela era de baixa dosagem (ciclo de 24 dias) e era composta pelos hormônios etinilestradiol e o gestodeno. Depois, continuamos com o esquema de 24 dias, porém, com pílulas de drospirenona e etinilestradiol. Percebi que minha pele tinha ficado MUSA (a médica até tinha me avisado isso). Minha TPM reduziu um cadinho, também, mas as dores de cabeça permaneciam. As cólicas SUMIRAM de vez e o inchaço era bem raro. Só que aí, fui assistir uma série documental na Netflix que falava sobre pílulas anticoncepcionais. Vi, pela primeira vez, que ela estava associada a problemas como AVCs, tromboses etc e pensei: jesus amado, tem mais de 10 anos já que tomo isso! Xô, pílula!Antes de continuarmos com esse relato gigantesco, preciso reforçar uma coisa: no MEU CASO, a pílula era completamente opcional. Ela, assim como qualquer outro medicamento, possui seus pontos negativos. Só que se eu poderia escolher não tomá-la, por que diabos continuar, sacou? Meu corpo só estaria sendo exposto a mais uma coisa artificial. A essa altura do campeonato, eu já estava casada, bem mais madura e com recursos para tentar um método contraceptivo diferente. Pensei em continuar somente com a camisinha, mas tinha um detalhe que ainda me incomodava: EU DETESTO MENSTRUAR. Pode vir, DIU mirena!Depois de conversar com MUITAS mulheres, percebi que minha melhor saída seria o DIU mirena. Ele, além de evitar uma gravidez indesejada, atuaria apenas em meu útero, lançando uma quantidade mínima de hormônios por lá que, diga-se de passagem, poderiam até mesmo reduzir minha menstruação. A pesquisaEntão tá. Minha decisão já estava feita! O primeiro passo, então, foi conversar com minha ginecologista. Durante a consulta, descobri as seguintes coisas sobre o DIU mirena:
Ufa, ok. Bastante coisa, né? Confesso que fiquei mega desanimada com esse tanto de trem, mas meu foco era: ele dura 5 anos, vou menstruar menos, estarei protegida e, melhor que tudo, sem submeter meu corpo a dosagens altíssimas de hormônios. O dia da aplicaçãoConfesso que fiquei um pouco nervosa nesse dia porque, na semana anterior, li alguns relatos do procedimento e, claro, perguntei pra quem já tinha colocado. A “disputa” ficou pau a pau: tinha gente que não sentia NADA, e tinha gente que sentia A MAIOR DOR DO UNIVERSO. Para fazer a aplicação do DIU, fui instruída a segurar o xixi e tomar um comprimido de dipirona algumas horas antes de entrar no consultório. Como eu tenho um útero retrovertido, a aplicação precisaria ser feita com o auxílio de um ultrassom, só pra garantir que ele estaria posicionado corretamente. Doeu?Já deitadinha e com as pernas abertas, recebi uma dose pequenina de anestesia local. Nessa hora, doeu um tiquinho sim, não vou mentir, mas foi COMPLETAMENTE suportável e MUITO rapidinho. Porém, mulher… na hora da APLICAÇÃO, a dor foi mais complicada. Isso, de acordo com os médicos, é comum em pacientes que nunca tiveram filhos. No mais, foi tudo MUITO rápido mesmo e, sinceramente, eu já até esqueci da dor que senti na hora. No entanto, não posso MESMO dizer que foi “SUSSA”. Foi bem ruim, mas eu passaria por isso de novo várias e várias e várias outras vezes, porque os benefícios são MUITO maiores que esse “ligeiro perrengue”, sabe? Um mês após o DIU mirenaFINALMENTE, chegamos à última etapa desse relato. Após a aplicação do DIU, eu senti MUITA, mas MUITA cólica. Tomei remedinho, fiquei sussa, vamo que vamo. No outro dia, já tava 100% de novo. Só que na terça-feira, mulher, eu tive A PIOR e MAIS ASSUSTADORA cólica da minha vida. O trem foi TÃO FEIO que eu corri pro hospital, achando que tinha rolado um trem gravíssimo com o DIU. Chegando lá, o médico suspeitou de cálculo renal, principalmente por causa da dor TREMENDA que eu tava sentindo. Só que aí, depois de fazer todos os exames, descobri o melhor resultado possível: era só uma adaptação chatinha ao DIU. Acontece que o dispositivo intrauterino, quando aplicado, provoca uma reação no útero. Isso rola porque o organismo, ao identificar um “corpo estranho” no seu útero, vai tentar expulsá-lo. Sendo assim, o órgão contrai, contrai, contrai, contrai até dizer chega. É por isso que algumas mulheres, inclusive, expulsam o DIU. No mais, ele não saiu do lugar, ficou todo lindo, tomei uns remedim na veia e correu tudo bem. Depois daquele dia, não senti cólica mais. E agora?E agora, mulher, eu volto pra contar procês o que que rolou daqui três/4 meses, que é o tempo que nosso corpo demora para se adaptar ao DIU. Por enquanto, eu ainda não tive TPMs e já era preu ter menstruado semana retrasada. Ou seja: TÁ TUDO DANDO CERTO. Além disso, minha libido está APENAS MARAVILHOSA e meu corpo, aos poucos, está voltando ao normal (pele oleosa e algumas espinhas à vista). No mais, cuide-se e até a próxima! The post DIU Mirena: minha experiência com um dispositivo intrauterino appeared first on Superela. via Superela https://ift.tt/3mk4XlR
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