Hoje vamos falar sobre a relação das mulheres e videogames. Você sabia que as mulheres são maioria, quando falamos em jogos eletrônicos? Apesar da cultura e que os videogames são “coisa de menino”, as mulheres lideram, em diversos aspectos quando se trata de programação e destaque nos jogos. Contudo, tanto as programadoras quanto as gamers, ainda não têm um papel de protagonista nessa história. Isso faz com que muitas profissionais brilhantes no ramo fiquem desmotivadas em perseguir seu sonho e conquistar seu espaço. Separamos mais informações sobre esse tema, além de trazer mais respostas a questões como “porque as mulheres ainda não são protagonistas, visto sua maioria no meio?” Ou “o que podemos fazer para incentivar esse tipo de talento em nossa sociedade?” Quer se inteirar melhor sobre esse tema? Então não deixe de ler até o final, e fique por dentro de todos os detalhes! História da relação entre mulheres e videogamesA relação do público feminino com o universo dos jogos começou em meados de 1978, cerca de oito anos após o lançamento do primeiro videogame da história, intitulado Magnavox Odyssey. Naquela época, Carol Shaw passou a ser a primeira mulher a fazer parte da programação de um jogo. Ademais, Shaw era a única mulher presente na equipe de desenvolvimento, o que fez com ela passasse momentos desafiadores, tendo que ouvir comentários que a definiam como profissional, e a desmotivaram. Seguindo de forma contraria as opiniões preconceituosas de seus colegas de profissão, ela alcançou o sucesso absoluto no ano de 1982, ao criar o River Raid, que viria a ser um dos jogos de videogame mais famosos do mundo naquela época, para o Atari 2600, com mais de 1 milhão de cópias vendidas só naquele ano. Com sua resiliência e esforço, além do talento inegável, Carol Shaw abriu as portas para outras mulheres, que entraram para esse ramo e aumentaram ainda mais a representatividade feminina. Apesar disso, esse efeito não foi instantâneo, já que suas predecessoras também enfrentaram, e enfrentam até hoje, a resistência e a falta de credibilidade por parte dos colegas e do público em geral. Apesar do número de mulheres em cargos como esse ter aumentado significativamente desde aquela época, ele não chega nem perto da quantidade ideal. Outro ponto importante a se levar em conta, é a presença de personagens femininos nos games hoje em dia. Apesar de ter aumentado, essa representatividade nem sempre se dá de maneira positiva. Afinal, a sexualização das personagens é evidente, além de roupas e acessórios que não condizem com o contexto, nem contribuem de forma positiva para o desenrolar do jogo, ou para as funções para que ela foi selecionada. As mulheres são maioria no mundo dos games, entendaSegundo a Pesquisa Game Brasil, realizada no ano de 2021, cerca de 72% dos participantes entrevistados disseram que possuem sim o hábito de jogar alguns jogos eletrônicos diariamente. Entre esse público, mais de 50% são representados por mulheres, que compõem mais da metade do público de jogos e videogames no Brasil. Dentre essas gamers, cerca de 62% afirmaram que preferem jogos de dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Além disso, o destaque para as mulheres e videogames também é maior em relação aos homens em alguns dos jogos mais conhecidos da atualidade, como o Pokémon Go, por exemplo. Estatísticas apontam que, nos Estados Unidos, mais de 60% dos usuários que jogam, e que buscam sites para comprar conta Pokémon Go são mulheres. Com essa pesquisa, podemos concluir que as mulheres são maioria na indústria. Mas então, porque é tão difícil ver mulheres em posição de destaque nesse universo? De maneira geral, podemos concluir que esse problema tem raízes puramente culturais. Muitas vezes, o simples fato de ser mulher, e se sentir menosprezada pela indústria, faz com que essas profissionais se afastem dos jogos. Elas fazem isso tentando evitar comentários ofensivos e desnecessários. Por conta desse cenário, muitas mulheres têm buscado apoio umas nas outras, para enfrentar a desigualdade e a injustiça de gênero no mercado. Como incentivar a participação das mulheres no universos dos jogos?Como já vimos acima, as mulheres já tem buscado apoio para diminuir esse tipo de injustiça na indústria dos games.v Com isso, já é possível observar diversos sistemas de apoio feminino, com alguns grupos online, que são inteiramente voltados e focados em criar um espaço seguro e acolhedor para as mulheres que desejam se inserir, ou já estão inseridas nesse universo dos jogos eletrônicos. Nesse tipo de espaço virtual, as pessoas se juntam para jogar, conversar, debater e trocar experiências sobre jogos e cultura geek. Os grupos também dão a oportunidade para as mulheres relatarem suas experiências, sejam positivas ou negativas. Além disso, possibilitam um espaço aberto para discussões sérias sobre a posição na indústria, e ajudam na democratização da relação entre as mulheres e videogames. Além disso, essa é uma rede de apoio muito forte para que as mulheres possam ajudar entre si a enfrentar as dificuldades, em relação ao preconceito, sempre buscando evitar situações de desconforto. Mulheres e videogames têm tudo a verApesar de ser extremamente importante, essa não deve ser a única medida para garantir que essa relação se torne mais simples e fluida. Afinal, tanto as mulheres, quanto os homens, têm capacidade para se destacar no ramo, contudo permitir a igualdade é primordial, para que todos tenham acesso às informações e oportunidades disponíveis. É importante frisar que, desde cedo, a sociedade precisa promover a igualdade de gêneros, não só nessa indústria, mas em todas as áreas profissionais. Também é importante que as empresas pratiquem a paridade de salários de acordo com as funções. E, acima de tudo, o respeito pelo ser humano, independentemente de questões externas e características biológicas deve estar em foco desde os primeiros anos da vida, para que essa ideia se enraíze no consciente coletivo. Apesar da reação das mulheres e videogames ser polêmica, é necessário sempre buscar a democratização da indústria. Não só para que elas tenham as mesmas oportunidades que os homens, mas também para que se sintam seguras nesse ambiente. The post Mulheres e videogames: uma relação longa e polêmica appeared first on Superela. via Superela https://ift.tt/ROpF2Em
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